Radis - 01 de outubro de 2023
Quais são os limites da internet? Como ações fomentadas no ambiente virtual podem repercutir no mundo real e impactar o nosso cotidiano e as decisões relacionadas à saúde? De que maneira as grandes plataformas digitais, como Google, Facebook e WhatsApp, podem ser responsabilizadas pelos efeitos dos seus serviços, quando empregados de forma nociva, como para propagação de fake news e discursos violentos? Que regras há sobre isso no país?
Radis também conversou com Carlos Eduardo Barros, pesquisador do Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NetLab/UFRJ). Para ele, tanto o conteúdo veiculado quanto o funcionamento dos sistemas de anúncios digitais necessitam de mais transparência. “Muitos anunciantes questionam como garantir que o serviço foi prestado corretamente ou se um dos concorrentes obteve vantagem indevida. A ‘caixa preta’ dos algoritmos é um obstáculo para a fiscalização do mercado e, inclusive, pode ser considerada uma violação do direito do consumidor”, declara.
Carlos Eduardo detalha um pouco mais sobre esse processo: “Por um lado, regulamentar significa desmistificar parte desse sistema, compartilhando dados que já existem e hoje são uma vantagem competitiva. Por outro, a regulamentação pode revelar ainda mais problemas e exigir maiores investimentos para que essas empresas mantenham sua atuação no Brasil, por exemplo, a contratação de mais brasileiros para identificar e moderar conteúdos tóxicos e criminosos”.
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