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Brazil seeks multilateral solution to ensure balance in the use of AI

O Globo - 12 de abril de 2024



A batalha pública entre o bilionário Elon Musk e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, talvez seja o prenúncio do que promete se tornar uma guerra de titãs na arena global. Mais do que nunca, informação é sinônimo de poder econômico e político. É neste front que governos e empresas — sobretudo as gigantes da tecnologia — se enfrentam.


Vence quem tiver o domínio do fluxo internacional de dados. O avanço exponencial da inteligência artificial (IA), especialmente a generativa, só potencializa este embate. É isto o que está em jogo no debate sobre sua regulamentação e aplicação que ocorre em cada país, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e, agora, no G20.


O tema está na mira da presidência brasileira do G20, que quer uma resposta de consenso das 19 maiores economias do mundo mais União Europeia e União Africana aos desafios impostos pela IA. Não por acaso, o Brasil trabalha para que um capítulo do documento final, a ser anunciado em novembro na cúpula de chefes de Estado, no Rio, trate do assunto.


A ideia é buscar no multilateralismo equilíbrio entre as nações desenvolvidas e em desenvolvimento e força para enfrentar os grandes conglomerados, alguns com peso econômico maior do que o de muitos países. A IA permeia as agendas de diversos grupos de engajamento no âmbito do G20, entre eles o S20 (de ciência) e B20 (de empresas).


— É como a fabricação de automóveis. Um carro na Europa tem mais itens de segurança do que no Brasil. Quanto mais cauteloso o país, mais as empresas têm menos possibilidade de explorar ou deixar pontos falhos — disse o pesquisador do Netlab da UFRJ, Fernando Ferreira.



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