Agência Pública - 24 de setembro de 2024
Pablo Marçal parece ter derretido, Ricardo Nunes se consolidou entre o público bolsonarista; o segundo turno parece ter se definido nas últimas duas semanas. E isso só em São Paulo. A campanha eleitoral está a toda, e com os recentes acenos do Twitter – que passou a respeitar as decisões do STF, indicando uma advogada como representante legal e suspendendo as contas investigadas – parece que a empresa de Elon Musk percebeu que é um mau negócio ficar fora do ar neste momento.
Mas qual foi o impacto até agora dessa suspensão histórica da rede social durante a corrida eleitoral? Procurei quatro especialistas em desinformação e fact-checking para me ajudar a entender a resposta.
“É impressionante que o volume de desinformação nas temáticas que a gente monitora de desinformação, que são campanhas permanentes ligadas à extrema direita brasileira, não diminuiu em nada. Isso nos surpreendeu bastante”, diz Marie Santini, diretora do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da UFRJ (Netlab).
Mas, para ela, embora o volume seja o mesmo, a suspensão do Twitter reduziu a velocidade com que essas campanhas desinformativas se espalham.