Au Brésil, l'essor des discours masculinistes inquiète le ministère des Femmes qui constate en parallèle une hausse des violences envers les femmes
- Rafaela Campos da Silva
- 18 de jun.
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Atualizado: há 14 horas
franceinfo - 18 de junho de 2025

Título [PT/BR]: No Brasil, a ascensão do discurso masculinista preocupa o Ministério da Mulher, que também constata o aumento da violência contra a mulher.
No Brasil, assim como na França, o discurso masculinista prospera nas redes sociais, impulsionado por influenciadores que monetizam esse conteúdo. Esse fenômeno preocupa as autoridades porque coincide com o aumento da violência contra as mulheres.
"Mulheres querem ser dominadas ", diz uma voz grave e modificada. Com o rosto coberto, o homem joga a carta do companheiro misterioso, enquanto outros são muito mais abertos. Esse é, de qualquer forma, o tipo de conteúdo encontrado em cem mil vídeos masculinistas que inundam o YouTube e acumulam quase 4 bilhões de visualizações, segundo um estudo do Netlab , da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Este número enorme concentra-se em 137 canais da plataforma. Luciane Belin, que participou deste estudo, decifra esse universo altamente codificado da "machosfera". Ela notou uma explosão desses vídeos desde 2018: "Houve um aumento de conteúdo misógino, principalmente entre 2021 e 2024, quando interrompemos nossa coleta ", diz ela. "Esse período representa 88% do conteúdo publicado."
Os cenários são bem elaborados, os equipamentos são profissionais e, acima de tudo, 80% do conteúdo é monetizado: anúncios, cursos de formação, pedidos de doações... Vale tudo para extrair dinheiro. " Eles encontraram um nicho", descreve Luciane Belin. " Identificaram um público de potenciais consumidores e estão explorando essa questão da masculinidade frágil e as dúvidas que esses homens têm sobre sua masculinidade." Normalmente, o YouTube deveria moderar esse tipo de conteúdo misógino, mas os masculinistas usam termos específicos para burlar as regras.