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Crise do metanol ganha força com desinformação, apontam estudos

  • Foto do escritor: Rafaela  Campos da Silva
    Rafaela Campos da Silva
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Desinformante - 09 de outubro de 2025


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Enquanto autoridades correm para conter os efeitos da contaminação por metanol em bebidas adulteradas, a crise se tornou combustível para disputas políticas e narrativas falsas nas redes.


De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde em 8 de outubro, o Brasil registrou 259 notificações de intoxicação por metanol associadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Vinte e quatro casos foram confirmados, outros 235 seguem em investigação e 145 suspeitas foram descartadas. São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os únicos estados com confirmações até o momento, sendo 20 em São Paulo, três no Paraná e um no Rio Grande do Sul. Entre os óbitos, cinco foram confirmados em São Paulo e outros 11 permanecem sob análise em diferentes estados.


A crise teve início em São Paulo e rapidamente se espalhou pelo noticiário e pelas redes sociais. Em poucos dias, o tema saiu dos grupos de mensagens para o centro do debate público, impulsionado por medo, incerteza e desinformação. Circulam nas redes vídeos e montagens com alegações falsas, como a de que lotes da Coca-Cola estariam contaminados com metanol ou de que beber leite ajudaria a combater a intoxicação, além de um deepfake simulando o Jornal Nacional anunciando dezenas de mortes.


A  pesquisadora e coordenadora de projetos no NetLab/UFRJ, Nicole Sanchotene, explica que o fenômeno repete dinâmicas já vistas em outras crises recentes: “Situações como essa começam com pouca informação concreta, porque instituições e o jornalismo ainda estão investigando e tentando entender o que está acontecendo. O problema é que o tempo da internet é muito mais rápido do que o tempo da ciência e da apuração responsável. Essa diferença de ritmo abre espaço para ruídos, desinformação e pânico”, contextualizou. 




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© NetLab UFRJ 2023.  Este trabalho pode ser copiado gratuitamente para fins de ensino e pesquisa não comerciais. Caso queira realizar quaisquer outros usos que infrinjam o direito autoral, contacte nossa coordenação por e-mail.

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