Do Emmy ao iPhone: testamos o Modo IA do Google. Veja o que muda e por que a Web está em alerta
- Rafaela Campos da Silva
- 16 de set.
- 2 min de leitura
Jornal O Globo - 16 de setembro de 2025
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Mesmo o usuário mais distraído deve ter notado que existe uma nova aba no Google. Ela fica em destaque, ao lado da pesquisa por imagens e da opção de Notícias. E o nome já explica a que veio: Modo IA.
O recurso, em formato de conversa semelhante ao ChatGPT, começou a ser liberado na semana passada no Brasil e em 180 países. O Google diz que o Modo IA é feito especialmente para buscas que demandariam múltiplas consultas, perguntas em sequência ou comparações.
Mas se engana quem pensa que essa é só uma nova opção dentro do buscador mais usado do planeta. É também o sinal mais forte até agora de que o Google está disposto a se adaptar diante da ascensão de ferramentas de inteligência artificial — e talvez consolidar uma nova forma de buscas na Web.
Por que as IAs 'alucinam'? Resposta pode estar na obsessão por acertar
Fernando Ferreira, doutor em inteligência computacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador do Netlab, traduz o que acontece: o sistema “lê” os resultados da busca e, em vez de listar páginas, cria um resumo em linguagem natural. As vantagens passam pelas respostas mais diretas para questões complexas, o que otimiza o tempo.
— Um problema direto é a falta de transparência: o usuário não sabe exatamente quais fontes foram usadas nem por que elas apareceram no resultado. Isso significa menos controle sobre a origem da informação — acrescenta o pesquisador, que lembra ainda do risco de “alucinações”.