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Misoginia na internet vira negócio lucrativo

  • Foto do escritor: Rafaela  Campos da Silva
    Rafaela Campos da Silva
  • há 1 dia
  • 1 min de leitura

DW Brasil - 28 de abril de 2025



Quando criou o blog Escreva Lola Escreva, em 2008, a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e blogueira feminista, Lola Aronovich, não imaginava que dar visibilidade a casos de machismo e misoginia a colocaria no centro de uma campanha sistemática de ódio online. Muito menos que, anos depois, esse mesmo discurso violento se tornaria altamente lucrativo.


"Desde a primeira semana de blog tinha comentários misóginos, mas não necessariamente ameaças", relata Lola, que criou seu blog para ter liberdade editorial para falar sobre feminismo, cinema, literatura, política, entre outros temas. "Em 2010, chegou até mim um link para sites masculinistas e comunidades no Orkut. Comecei a entrar para ver o que eles estavam falando e vi que eles já falavam sobre mim enquanto eu nem sabia da existência deles."


Com o avanço da internet, esses grupos masculinistasampliaram seu discurso de ódio contra as mulheres, se diversificaram e conquistaram legiões de seguidores. Hoje, conseguem monetizar vídeos e transformam a misoginia em um negócio rentável, movimentando milhares de reais com conteúdos que pregam o controle sobre mulheres, deslegitimam o feminismo e reforçam estereótipos de gênero.


No Brasil, há atualmente 137 canais no YouTubecom conteúdo explicitamente misógino, somando mais de 105 mil vídeos e cerca de 152 mil inscritos, segundo uma pesquisa realizada pelo NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o Ministério das Mulheres, divulgada em dezembro do ano passado.



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