Agência Lupa - 29 de junho de 2023
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"Pouco vai adiantar moderar conteúdo nas plataformas, se não houver uma política de regulação que garanta a transparência e responsabilize as plataformas pelos serviços que prestam". Essa é a visão da professora e pesquisadora Marie Santini, da Escola de Comunicação da UFRJ, fundadora e coordenadora do Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da UFRJ (NetLab), hoje um dos mais ativos do país na pesquisa sobre plataformas e redes sociais.
Para ela, o uso de programação e inteligência artificial se tornou decisivo em pesquisas que lidam com dados e pretendem desvendar o funcionamento das plataformas 'em um mar de lixo informacional'. Nesse ambiente conturbado e permeado por desinformação, cabe aos comunicadores educar as audiências para lidar com as mídias, defende a pesquisadora.
"A gente não vai determinar as escolhas, mas a gente vai garantir que os usuários saibam ao menos reconhecer e identificar o modo de funcionamento daquilo, a origem de um conteúdo, os sinais de que podem ser tóxicos ou não, enfim, para elas poderem escolher".
Em entrevista exclusiva à Lupa, Marie Santini também falou sobre sua pesquisa atual, cujo objetivo é fazer um diagnóstico de como a desinformação opera nas plataformas. "Seja em temas ligados à saúde, campanha eleitoral ou anúncios com golpes, o usuário passa a reagir quando consegue identificar ali aquelas estratégias".