BBC News- 24 de janeiro de 2025

No início de janeiro, o governo federal se viu em meio a uma crise inesperada.
Nos primeiros dias do ano, entraram em vigor normas da Receita Federal sobre a fiscalização das transações financeiras usando o Pix.
Além dos bancos tradicionais, que desde 2003 já enviavam informações consolidadas sobre as movimentações financeiras de clientes ao fisco, bancos digitais, aplicativos de pagamento e outras fintechs também teriam de passar a reportar os dados à Receita. Mas o que parecia ser uma mudança corriqueira, logo ganhou contornos de drama para o Planalto.
Uma campanha contrária encampada por influenciadores digitais e membros da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a circular nas redes sociais.
Nela, um dos argumentos principais era o de que o governo teria criado uma espécie de "imposto sobre o Pix", o que foi desmentido na segunda semana de janeiro.
Acusada de espalhar "fake news", a oposição, então, mudou a linha de argumento. Em vez da suposta taxação do Pix, o argumento principal da campanha passa a ser o suposto monitoramento do Pix, a partir do qual o governo poderia aumentar a arrecadação cobrando imposto de renda de quem até então não estaria pagando.