The Conversation - 17 de janeiro de 2025
Na semana passada, a Meta anunciou alterações em suas políticas de moderação de conteúdo que levantam sérias preocupações sobre os impactos na segurança e na qualidade das interações online.
Sob o pretexto de ampliar a liberdade de expressão e reduzir erros na aplicação de suas diretrizes, a empresa planeja relaxar restrições em temas delicados como imigração e identidade de gênero, além de reduzir a intervenção de sistemas automatizados para moderar conteúdos supostamente menos graves.
Embora apresentadas como uma tentativa de reduzir erros, essas medidas tendem a comprometer a qualidade da informação nas suas plataformas. Sem a verificação especializada, conteúdos falsos ou enganosos podem proliferar, confundindo os usuários e prejudicando o debate público.
Relatórios do NetLab UFRJ têm destacado como as redes têm sido usadas para disseminar desinformação em larga escala, agravando crises de saúde e desastres climáticos.
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Por exemplo, um estudo do laboratório revelou estratégias coordenadas para espalhar falsas alegações sobre vacinas, impactando campanhas de saúde pública e alimentando movimentos antivacina. Outra investigação identificou desinformação durante as enchentes no Rio Grande do Sul, desviando o foco das causas reais e dificultando respostas eficazes.