Danos causados pela publicidade enganosa na Meta: Anúncios fraudulentos promovem desinformação sobre o Pix para lesar cidadãos brasileiros
- erickdau
- 4 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de fev.

Este estudo apresenta evidências sobre como anunciantes maliciosos têm explorado indevidamente políticas públicas voltadas à inclusão financeira para aplicar golpes em cidadãos brasileiros por meio do impulsionamento de anúncios nas plataformas da Meta. Entre 10 e 21 de janeiro de 2025, identificamos e analisamos 1.770 anúncios com conteúdo fraudulento que promoviam informações falsas sobre valores a receber pela população e outros temas relacionados às novas regras de envio de informações de transações via Pix à Receita Federal. As peças publicitárias fraudulentas ofertavam programas governamentais reais e fictícios, se passavam por páginas de instituições públicas e privadas e manipulavam a imagem de lideranças políticas com Inteligência Artificial (IA). Entre os achados destacamos que: 1) o número de golpes e fraudes em anúncios da Meta cresceu 35% após a revogação das novas regras pelo governo; e 2) o uso de deepfakes do deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG), protagonista da campanha pela revogação da norma, aumentou 234% após o recuo do governo. O alcance das fraudes foi maximizado pela utilização das ferramentas de marketing da Meta, que permitem a compra de anúncios segmentados de acordo com critérios demográficos, geográficos e interesses dos usuários, porém a empresa não oferece transparência sobre esses dados. Além disso, a falta de controle e segurança contra a publicidade enganosa das plataformas da Meta as tornam ambientes propícios a crimes digitais, principalmente em países do Sul Global, onde as leis locais são frequentemente negligenciadas pelas redes sociais.
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Como citar: SANTINI, R. Marie; SALLES, Débora; MATTOS, Bruno; MOREIRA, Alékis; MELLO, Danielle; HADDAD, João Gabriel; DIAS, Bernardo; GOMES, Matheus; DAU, Erick; BORGES, Amanda; LOUREIRO, Felipe. DANOS CAUSADOS PELA PUBLICIDADE ENGANOSA NA META: Anúncios fraudulentos promovem desinformação sobre o Pix para lesar cidadãos brasileiros. Rio de Janeiro: NetLab – Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Publicado em 05 de fevereiro de 2025.
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