Governo cita polêmica do Pix e pede que STF obrigue redes a monitorarem IA
- Rafaela Campos da Silva
- há 2 dias
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Veja - 22 de maio de 2025

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que, quando a Corte julgar as ações sobre responsabilidade das redes sociais, estabeleça na tese final do julgamento que as plataformas também têm responsabilidade de monitorar o mau uso de ferramentas de inteligência artificial.
Para justificar o pedido, o AGU, Jorge Messias, mencionou desinformação produzida durante a polêmica do Pix, no começo deste ano. “As peças publicitárias fraudulentas analisadas ofertavam programas governamentais reais e fictícios, passando-se por páginas de instituições públicas ou privadas, por meio da manipulação da imagem de lideranças políticas com Inteligência Artificial (IA), ao permitir a adulteração de falas ou a descontextualização de reportagens antigas para legitimar golpes”, dizem as manifestações que a AGU apresentou.
A AGU menciona um trabalho do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Netlab-UFRJ), que levantou “1.770 anúncios com conteúdo fraudulento que promoviam golpes e informações falsas sobre valores a receber pela população e outros temas relacionados às novas regras de envio de informações de transações via Pix à Receita Federal”, apenas entre os dias 10 e 21 de janeiro deste ano, quando a polêmica do Pix tomou conta das redes. Alguns alvos dos deepfakes produzidos foram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.