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Ministério das Mulheres faz parceria com UFRJ para pesquisar monetização do discurso misógino nas redes sociais

Ministério das Mulheres - 20 de dezembro de 2023



O Ministério das Mulheres firmou parceria com o NetLab, laboratório de pesquisa vinculado à Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para realizar uma pesquisa focada no discurso misógino e na desinformação direcionada às mulheres nas plataformas de redes sociais. Com um investimento de R$ 300 mil, a iniciativa tem como objetivo analisar duas formas principais de desinformação: a produção de conteúdo audiovisual com discurso de ódio às mulheres que gera receita em plataformas digitais e a ocorrência de golpes e fraudes direcionados às mulheres, que acarretam danos financeiros, psicológicos e de saúde.


Dentro de um contexto global em que mulheres são frequentemente alvo de campanhas baseadas em preconceitos de gênero, o estudo busca fornecer um panorama detalhado sobre o volume, o alcance e os impactos dessas práticas no Brasil. Um dos focos da pesquisa é a exploração das chamadas “manosfera” - comunidades online que promovem apoio tóxico e são usadas para orquestrar ataques contra mulheres, utilizando estratégias de influência em rede.


De acordo com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, é fundamental enfrentar a “monetização do ódio” nas plataformas digitais. “Esta prática não só perpetua estereótipos e violências, mas também se traduz em ganhos financeiros para aqueles que disseminam conteúdos misóginos. A nossa iniciativa de mapear e analisar essas atividades é um passo crucial para combater essa forma de desinformação e proteger a integridade e dignidade das mulheres”, defendeu.


“Nossa parceria visa coletar evidências que possam embasar ações e políticas públicas pelo Ministério das Mulheres para combater a violência e a desinformação de gênero online”, afirma a professora Rose Marie Santini, diretora do NetLab UFRJ. Ela explica que “o ambiente digital facilita diversos tipos de crimes contra as mulheres nas redes”, colocando em risco “sua saúde física e mental, além dos prejuízos materiais causados às mulheres”.




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