Uol - 12 de abril de 2024
As mulheres são o alvo preferencial dos discursos de ódio na internet no Brasil.
Os chamados masculinistas se reúnem em comunidades digitais para questionar e combater o que veem como privilégios das mulheres na sociedade. É como se o universo masculinista se retroalimentasse diariamente para confirmar a própria visão de mundo e capturar o espectador.
"As plataformas facilitam a construção dessas comunidades, formando as câmaras de eco. Indivíduos repercutem entre si assuntos e isso vai criando um ecossistema", explica Luciana Belin, pesquisadora da Netlab da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Essas câmaras de eco se estendem principalmente para o Telegram. Sem controle rigoroso, a plataforma criou as condições ideais para grupos neonazistas, antissemitas, fascistas e masculinistas, dizem pesquisadores.