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Pauta ambiental some na mídia local da Amazônia



Na Amazônia Legal, práticas predatórias de (des) informação são inquestionavelmente aceitas e acabam convertendo os veículos jornalísticos em plataformas de propaganda dos interesses econômicos e políticos. É o que aponta o projeto “Ecologia da Mídia Regional na Amazônia Legal”, desenvolvido pelo Netlab, que mapeou e analisou a cobertura socioambiental da mídia local nos nove estados da Amazônia Legal.


A pesquisa analisou 816 veículos jornalísticos de mídia online sediados na região, estudando, para cada um deles, sua relação com o local e afiliação a redes de mídia; a sua cobertura socioambiental (ou ausência dela); sua aderência a práticas que conferem credibilidade ao jornalismo e a sua posição na economia política da região.


De acordo com o levantamento, 25% dos veículos analisados não tratam da temática dos povos indígenas e 95% reproduzem o conteúdo de assessorias de imprensa e governos. O agronegócio ocupa um lugar privilegiado na cobertura dos jornais e sites, enquanto a maioria não tem uma seção específica para a pauta socioambiental. “O agronegócio tem um poder institucionalizado, é o progresso e a geração de riquezas em contraponto à responsabilidade socioambiental”, afirma Heloísa Traiano, coordenadora de pesquisa do NetLab.


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