Valor Econômico - 07 de fevereiro de 2025

O número de tentativas de golpe e fraudes em anúncios sobre políticas públicas de inclusão financeira no Brasil cresceu 35,4% nas redes sociais da Meta, em janeiro deste ano, após a revogação de regras de fiscalização mais ampla de transações financeiras via Pix. O dado é do NetLab, laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Entre 10 e 21 de janeiro, os pesquisadores do NetLab identificaram 1.770 anúncios, promovidos e pagos por 151 anunciantes, que divulgaram informações falsas sobre valores a receber pela população e outros temas relacionados às novas regras de envio de informações de transações via Pix à Receita Federal. A Instrução Normativa da Receita Federal 2219 entrou em vigor em 1º de janeiro e foi revogada em 15 de janeiro. As novas regras determinavam monitoramento sobre transações via Pix acima de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e de R$ 15 mil mensais para pessoas jurídicas.
Entre 10 e 15 de janeiro, o NetLab identificou 752 anúncios fraudulentos nas redes da Meta, dona de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp. O número de anúncios falsos subiu para 1.018 entre 16 e 21 de janeiro, alta de 35,4%, após o governo desistir de aplicar as novas regras para o Pix.