top of page

Como o YouTube financia o negacionismo e o conspiracionismo climático e a desinformação sobre o RS?



Embora um estudo publicado recentemente pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) tenha indicado que 78% dos brasileiros acreditam no impacto humano nas mudanças climáticas enfrentadas em todo o planeta, têm sido frequentes as tentativas de se negar a relação entre ela e as enchentes no Rio Grande do Sul. Diante da situação de calamidade pública do estado, reportagens investigativas e iniciativas de checagem de fatos têm apontado para a ampla circulação de desinformação nas redes, que atrapalham a assistência às vítimas e são utilizadas em busca de lucro, engajamento ou apoio político. 


No último dia 20, foi assinado um protocolo de cooperação entre a AGU, representando o governo federal, e as principais plataformas digitais que atuam no país com o fim de combater a desinformação sobre a tragédia climática que deixou o Rio Grande do Sul em estado de calamidade pública nas últimas semanas. No entanto, não só as plataformas têm sido ineficazes em conter o alastramento de informações falsas e distorcidas sobre as enchentes, como têm ativamente recompensado os responsáveis por ela.


Aqui, apresentamos evidências sobre como o YouTube tem permitido que criadores de conteúdo veiculem anúncios em vídeos problemáticos sobre as enchentes. Os exemplos encontrados variam consideravelmente e apresentam desinformação sobre as ações de diferentes esferas estatais no amparo às vítimas da tragédia, supostas motivações religiosas e apocalípticas por trás das enchentes e a relação entre a calamidade pública e as mudanças climáticas.


Consideramos que este último ponto é o mais grave dentre os aqui apresentados por não se tratar de uma novidade no YouTube. Pelo contrário, também encontramos diversos vídeos monetizados publicados ao longo do último ano que minimizam os impactos das mudanças climáticas e que frequentemente buscam reduzi-las a uma mera narrativa com fins de controle social.


Leia o Relatório



bottom of page