Correio Braziliense - 13 de dezembro de 2024
Levantamento lançado pelo Ministério da Mulher nesta sexta-feira (13/12) mostrou que influenciadores cobravam até mil reais por consultorias sobre "desenvolvimento masculino"
Um levantamento divulgado pelo Observatório da Indústria da Desinformação e Violência de Gênero nas Plataformas Digitais, parceria entre o Ministério das Mulheres e o NetLab-UFRJ, mostrou que como de propagação de misoginia no YouTube se tornou um negócio lucrativo. O relatório Aprenda a evitar ‘este tipo’ de mulher: estratégias discursivas e monetização da misoginia no YouTube feito em parceria com o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi lançado nesta sexta-feira (13/12) no Ministério. Além da ministra das Mulheres Cida Gonçalves, esteve presente a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco.
O lançamento do relatório dialoga com a discussão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a responsabilização das redes sociais em conteúdos dos usuários. "Nós precisamos do mínimo de regulamentação para fazer algo concreto", destacou a ministra Cida Gonçalves. A chefe da pasta destacou ainda que o observatório deve seguir em contato com o Supremo e com o Ministério Público Federal (MPF) para fornecer denúncias.
De acordo com o levantamento, o número de vídeos da “machosfera”, rede de influenciadores masculinistas, cresceu exponencialmente desde 2022. O estudo aponta que 88% das publicações foram feitas nos últimos três anos.