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Manipulação eleitoral nas eleições gerais de 2022 no Brasil: o papel do WhatsApp e do Telegram nos ataques à integridade eleitoral e nas ameaças à democracia




O Brasil, com sua história e cultura vibrantes, tem sido há muito tempo um farol de transformação política na América do Sul. A sua jornada desde o regime militar em 1985 até à democracia tem sido tumultuada, mas marcada pela resiliência. Com o surgimento da era digital, surgiram novos desafios, especialmente na forma de engano digital. A turbulência em torno das Eleições Gerais de 2020 nos EUA encontrou a sua contrapartida nas Eleições Gerais de 2022 no Brasil, marcadas pela coordenação orquestrada do grupo bolsonarista e dos seus multifacetados seguidores conspiratórios que atacam a integridade eleitoral e os valores democráticos. Ambos os países enfrentaram o perigo da desordem da informação e das tácticas de manipulação política, culminando em múltiplos crimes, violência e cenários de quase golpe.


No Brasil, a distinção reside no papel direto dos militares na disseminação de propaganda enganosa, um fato trazido à luz por uma investigação do Congresso sobre a tentativa de sedição golpista de 8 de janeiro de 2023. Além desses eventos específicos, uma questão mais abrangente paira sobre a conexão das democracias ao redor. o mundo: a capacidade da propaganda digital personalizada e da desinformação em grande escala para diminuir a confiança do público.


Desde a tradição consagrada de cédulas lacradas até a maravilha moderna das urnas eletrônicas, a jornada eleitoral do Brasil reflete a de uma nação em constante fluxo. No entanto, como está na vanguarda da evolução democrática, o Brasil – como muitas outras nações – enfrenta a tarefa monumental de afastar a onda generalizada do ciclo de manipulação participativa transmitida em massa pelos aplicativos de bate-papo.


Nosso estudo de caso investiga profundamente as possibilidades do WhatsApp e do Telegram, permitindo a infraestrutura digital permanente de uma campanha participativa de desinformação e propaganda enganosa contra a democracia. No centro deste mundo de histórias está a propagação insidiosa de falsidades relativamente às urnas electrónicas e à panaceia proposta: os boletins de voto impressos e a auditoria eleitoral pública.









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