Escola de Comunicação da UFRJ/Foto: UFRJ
Nesta quarta-feira (12/06), o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, veio à público em defesa do NetLab UFRJ, laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade que, desde 2013, realiza estudos de internet e redes sociais, e que, nas últimas semanas, tem sofrido diversos ataques.
Em 2023, através de um relatório, o NetLab notificou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), problemas relacionados à empresa Meta, que em sequência, foi multada por manter a veiculação de anúncios fraudulentos em suas plataformas, como revelado na pesquisa do grupo. Diante disso, a big tech que controla o Instagram e o Facebook, tentou desqualificar os pesquisadores do NetLab após ser multada pelas autoridades brasileiras, como revelou matéria do Núcleo.
Além disso, apoiadores do ex-presidente da República e políticos da oposição ao atual governo têm explorado a política de transparência do NetLab para levantar suspeitas infundadas sobre a relação entre as pesquisas feitas pelo laboratório e financiamentos recebidos via entidades federais. Além disso, parlamentares também fizeram requerimentos na Câmara para solicitar informações sobre o Laboratório.
Um requerimento de uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados que visa a questionar os resultados de pesquisas conduzidas pelo NetLab foi encaminhado à Universidade. De acordo com o reitor, a iniciativa visa censurar a ciência no Brasil, criminalizando professores e pesquisadores.