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Stanford desmancha pesquisa sobre desinformação nas redes após ataques de políticos conservadores

Núcleo - 14 de junho de 2024



O Observatório da Internet da Universidade de Stanford (SIO), nos EUA, um prestigiado laboratório que pesquisa desinformação nas redes sociais, não vai conduzir estudos sobre as eleições norte-americanas deste ano e mudará seu foco para ameaças online a menores de idade.


POR QUÊ? Segundo a imprensa norte-americana, pesquisadores do SIO foram processados três vezes por grupos conservadores que os acusam de conluios com o governo Biden para censurar a liberdade de expressão no país. Isso forçou Stanford a gastar milhões de dólares em defesas legais, o que forçou a mudança no foco das pesquisas.


ASSÉDIO LEGISLATIVO. No Congresso dos EUA, políticos republicanos criaram uma "Comissão sobre a Instrumentalização do Governo Federal", que acusa o presidente Joe Biden de usar agências de estado e parcerias com o setor privado para calar trumpistas. Essa comissão tem intimado estudantes e pesquisadores de várias instituições para prestar contas, inclusive o SIO.


TÁTICA GLOBAL. No Brasil, políticos bolsonaristas ensaiam um roteiro semelhante contra quem estuda desinformação e fiscaliza plataformas. O Netlab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem sido alvo de ataques bolsonaristas nas redes. Deputados federais chegaram a convocar o grupo para uma audiência para pedir explicações após estudos do laboratório mostrarem que parlamentares espalharam mentiras sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.





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